“O vento, o vento ali.
Mínimo sol por d’entre galhos,
de trás, de frente, álacre, o caqui.
Um ser-aí. Cá, aqui.
Redondo gesto e gesta vegetal
e uma festa de cor, pingo no i.
Bem maior que a pi-tanga,
menor que a manga,
o seu raio (ex)sangra,
dois, vezes o pi.
A pele tranasluz. Si dá.
A carne é mansa. E-d’entro
o hirto centro: sêmen
te do existir e hífen do prazer.
Não vi? E é fruta.
Ou é fruto do inconsciente?
Abrupto estar, não-ser-aíí?
Ou é silêncio ou grito?
Ou é sumo ou suma teológica?
Uma fruta? Fruto-em-si?
Comi? Ou não comi?
E é acre. Doce. Pouca.
Nódoa, travo na boca. E o vento, o vento ali...”
Heládio Brito
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