Hoje me surpreendi pensando quantas faces de Deus me foram apresentadas até então?
Quando criança,eu me recordo das rezas que a minha avó me ensinava, do interminável ofício de Nossa Senhora que eu era obrigada a recitar ajoelhada,todos os sábados, e da terrível certeza que me foi passada, de que Deus assistia a tudo e a todos e que ele castigava quem ousasse pecar.
E o que era o pecado? Perguntava-me, na calada da noite,sob o cobertor,quando todos dormiam.
Deus me foi apresentado de mãos dadas com um fantasma que se chamava "pecado", que eu tinha a obrigação de saber de quem se tratava mas nunca adulto algum mo apresentou.
Às apalpadelas,tateando pelo mundo espiritual eu tentava separar o joio do trigo.O certo do errado.O pecado da virtude. Nesta luta inglória o medo criou raízes dentro de mim.
Mais tarde,após sair da tutela dos meus pais,livre para pecar,para rezar se bem quisesse ou não,pude passear por alguns templos onde, em cada um deles, Deus tinha uma face e um modo de ser.
Em um, Ele "mandava" que se guardasse os sábados , não permitia que se comesse carne, etc. Noutro ele proibia terminantemente a transfusão sanguínea mas não estimulava a sobriedade nem a simplicidade pois os seus adeptos gostavam de riquezas e brilho.
Em outro Ele dava total liberdade a todos e até respeitava esta liberdade chamada livre arbítrio; afinal de contas cada um teria que acertar com os seus próprios erros senão não teria mérito algum. Um Deus justo para com todos,sem privilégios deste ou daquele; fiel e sempre enfatizando a necessidade de uma reforma íntima com a finalidade de evoluir-se através do próprio esforço.
Neste templo, este Deus me pareceu coerente.Afinal de contas ele não escolhia a quem premiar e não castigava pessoa alguma, deixando bem claro que somos nós quem nos castigamos através das nossas próprias ações.
Pensei: Faz sentido!
Ali, aportei por algum tempo para tornar-me insatisfeita logo em seguida por conta da incoerência das pessoas que ali estavam,inclusive eu.
Falavam....divulgavam...mas agiam de maneira bem diferente do discurso. Só me restava uma saída, sair dali.
Enquanto minh'alma ansiava por encontrá-LO meus pés cansados de vagar de templo em templo,aquietaram-se.
Foi então que eu compreendi.
Deus não se encontra aprisionado nos templos,nem nos postulados desta ou daquela doutrina religiosa, nem nos seus profitentes.
Ele não é propriedade desta ou daquela religião,tampouco Ele deixou escrito em algum lugar que tais ou quais criaturas são "eleitas" e da sua preferência.
Ele está na Natureza!
Ele É!
Esta certeza trouxe-me a paz e o preenchimento do vazio que antes me aborrecia. Já não preciso de templos pois O sei em todos os lugares e,para louvá-LO e reverenciá-LO eu não careço de estar dentro de um templo .
Hoje sei e sinto que Ele É,por todo o sempre!
bjs,soninha
Quando criança,eu me recordo das rezas que a minha avó me ensinava, do interminável ofício de Nossa Senhora que eu era obrigada a recitar ajoelhada,todos os sábados, e da terrível certeza que me foi passada, de que Deus assistia a tudo e a todos e que ele castigava quem ousasse pecar.
E o que era o pecado? Perguntava-me, na calada da noite,sob o cobertor,quando todos dormiam.
Deus me foi apresentado de mãos dadas com um fantasma que se chamava "pecado", que eu tinha a obrigação de saber de quem se tratava mas nunca adulto algum mo apresentou.
Às apalpadelas,tateando pelo mundo espiritual eu tentava separar o joio do trigo.O certo do errado.O pecado da virtude. Nesta luta inglória o medo criou raízes dentro de mim.
Mais tarde,após sair da tutela dos meus pais,livre para pecar,para rezar se bem quisesse ou não,pude passear por alguns templos onde, em cada um deles, Deus tinha uma face e um modo de ser.
Em um, Ele "mandava" que se guardasse os sábados , não permitia que se comesse carne, etc. Noutro ele proibia terminantemente a transfusão sanguínea mas não estimulava a sobriedade nem a simplicidade pois os seus adeptos gostavam de riquezas e brilho.
Em outro Ele dava total liberdade a todos e até respeitava esta liberdade chamada livre arbítrio; afinal de contas cada um teria que acertar com os seus próprios erros senão não teria mérito algum. Um Deus justo para com todos,sem privilégios deste ou daquele; fiel e sempre enfatizando a necessidade de uma reforma íntima com a finalidade de evoluir-se através do próprio esforço.
Neste templo, este Deus me pareceu coerente.Afinal de contas ele não escolhia a quem premiar e não castigava pessoa alguma, deixando bem claro que somos nós quem nos castigamos através das nossas próprias ações.
Pensei: Faz sentido!
Ali, aportei por algum tempo para tornar-me insatisfeita logo em seguida por conta da incoerência das pessoas que ali estavam,inclusive eu.
Falavam....divulgavam...mas agiam de maneira bem diferente do discurso. Só me restava uma saída, sair dali.
Enquanto minh'alma ansiava por encontrá-LO meus pés cansados de vagar de templo em templo,aquietaram-se.
Foi então que eu compreendi.
Deus não se encontra aprisionado nos templos,nem nos postulados desta ou daquela doutrina religiosa, nem nos seus profitentes.
Ele não é propriedade desta ou daquela religião,tampouco Ele deixou escrito em algum lugar que tais ou quais criaturas são "eleitas" e da sua preferência.
Ele está na Natureza!
Ele É!
Esta certeza trouxe-me a paz e o preenchimento do vazio que antes me aborrecia. Já não preciso de templos pois O sei em todos os lugares e,para louvá-LO e reverenciá-LO eu não careço de estar dentro de um templo .
Hoje sei e sinto que Ele É,por todo o sempre!
bjs,soninha
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