Pesquisas modernas mostram que o consumo de café pode diminuir o risco de depressão e suicídio.
A depressão mental é uma resposta completamente normal do cérebro humano a situação e adaptação social do indivíduo. Apenas a resposta depressiva tende a integrar o indivíduo numa sociedade, a valorizá-la e nela adaptar-se.
O sintoma depressivo é uma forma de reação altamente evoluída do cérebro humano na escala animal e serve para proteger o excesso de individualismo do homem, que pode prejudicar sua integração na sociedade. Também serve para evitar que o indivíduo quebre normas estabelecidas.
Todo ser humano apresenta periodicamente depressão mental, dentro de uma resposta normal do cérebro. Apenas quando ela aparece sem uma causa desencadeante ou permanece por tempo e intensidade demasiados, o indivíduo pode necessitar de ajuda. Tristeza, angústia, medo, saudade e sofrimento são formas atenuadas de depressão e demonstram a reação do indivíduo na sua adaptação familiar e social, representando reações sadias do convívio humano.
Cerca de 20 % da população adulta apresentam durante sua vida episódios depressivos com manifestações clinicas significativas que precisam ser controlados com um tratamento especializado com medicamentos. A depressão, como a ansiedade, pode ser a manifestação final de fatores genéticos, problemas de desenvolvimento (distúrbios da personalidade), traumas de infância ou de problemas psicossociais (divórcio, desemprego ). A depressão pode ser um fenômeno reacional, normal, podendo também ser parte de uma doença depressiva que requer tratamento médico especifico e eficaz.
Em situações de grande tristeza as mulheres ativam uma área do cérebro oito vezes maior que o homem. Esta hiperatividade é seguida por um período de depressão, razão pela qual as mulheres são mais suscetíveis a sofrerem de depressão. Há uma relação entre a depressão e a auto-estima (amor próprio), sendo que a depressão normal esta relacionada positivamente com a auto-estima, isto é, uma depressão discreta aumenta com a auto-estima - , mas caso a depressão se torne exagerada e anormal, a auto-estima começa a diminuir até atingir um nível zero, onde o risco de suicídio é grande, pela perda total do amor-próprio, levando o indivíduo ao suicídio. Diversas pesquisas epidemiológicas no Brasil e Estados entre jovens, adultos e mulheres comprovaram que o consumo diário e moderado de café diminui o risco de depressão e suicídio.
O fato do café puro ou com leite na dose de 3 a 4 xícaras diárias ser um agente PREVENTIVO da depressão bem como a possibilidade de um fitoterápico de café ser um agente CURATIVO para a depressão coloca o consumo de café e seus subprodutos como prioridade para a ciência médica que visa combater o mal do século, a depressão. Programas visando um aumento do consumo de café não apenas em escolas mas em todos os locais de trabalho desde empresas a repartições públicas e comerciais em geral poderiam ser implementadas como uma indicação médica para profilaxia do "mal do século".
Num paciente com dor intensa, a morfina reduz a sensação de dor (nocicepção) ao mesmo tempo que reduz fortemente o desconforto (componente afetivo), atuando em outros locais do cérebro, como o sistema límbico, importante no estado de humor de cada um. Isto evidencia que peptídeos endógenos são importantes no estado de humor e que o bloqueio de receptores opióides de forma prolongada pode ser benéfico, desde que não ocorram efeitos colaterais importantes. Isto pode ser obtido com o consumo diário e moderado de café.
Prof. Dr. Darcy Roberto Lima, MD, PhD
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