As indústrias farmacêuticas evoluíram tanto, descobriram fórmulas mágicas para tantas doenças só não conseguiram ainda descobrir uma fórmula para curar um mal que mata devagarinho: a saudade.
Ela dói mas a dor não passa com a medicação que você usa quando sente uma forte dor de cabeça. Ela lhe deixa desanimado, como se estivesse curtindo uma preguiça crônica, uma letargia, uma...uma...uma coisa ruim. Ela rouba o seu sono e leva não se sabe pra onde. Ás vezes ela pega o seu apetite e joga no lixo, outras vezes ela lhe deixa tão ansioso que você come...come...come...sem parar...como se desejasse explodir e resolver tudo de uma vez por todas. Ela lhe desperta desejos que não podem se realizar tipo: ser um passarinho, uma borboleta, uma formiguinha para se deslocar até o objeto da sua saudade, um fantasma, ou um leão para devorá-la. Em verdade, ela não é má porque quer, ela é o que é...invisível, intocável e eterna. Sim, ela é eterna porque nós também o somos. Ah! saudade, quem te batizou com este nome que inspira uma dor indefinida que pode estar se manifestando na alma, no coração ou naquele espaço do nosso ser que não conseguimos alcançar e aí te escondes para sobreviver? Quem te conferiu tamanho poder de minar a nossa força, o nosso entusiasmo, a nossa alegria e, em muitos casos, a vontade de viver? Onde está a tua nascente para que possamos extirpá-la para sempre? Ah! saudade! quando eu conseguir te segurar , vou entregar-te nas mãos dos ventos para que eles te levem a um local bem distante...tão distante ...onde não haja um ser vivo sequer, e assim, não havendo a quem possas consumir, terás de consumir a ti mesma nesta tua essência de dor.
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