Café...tudo de bom!

24.7.15

Da Saudade


As indústrias farmacêuticas evoluíram tanto, descobriram fórmulas mágicas para tantas doenças só não conseguiram ainda descobrir uma fórmula para curar um mal que mata devagarinho: a saudade. 
Ela dói mas a dor não passa com a medicação que você usa quando sente uma forte dor de cabeça.

Ela lhe deixa desanimado, como se estivesse curtindo uma preguiça crônica, uma letargia, uma...uma...uma coisa ruim.

Ela rouba o seu sono e leva não se sabe pra onde.

Ás vezes ela pega o seu apetite e joga no lixo, outras vezes ela lhe deixa tão ansioso que você come...come...come...sem parar...como se desejasse explodir e resolver tudo de uma vez por todas.

Ela lhe desperta desejos que não podem se realizar tipo: ser um passarinho, uma borboleta, uma formiguinha para se deslocar até o objeto da sua saudade, um fantasma, ou um leão para devorá-la.

Em verdade, ela não é má porque quer, ela é o que é...invisível, intocável e eterna.

Sim, ela é eterna porque nós também o somos.

Ah! saudade, quem te batizou com este nome que inspira uma dor indefinida que pode estar se manifestando na alma, no coração ou naquele espaço do nosso ser que não conseguimos alcançar e aí te escondes para sobreviver?

Quem te conferiu tamanho poder de minar a nossa força, o nosso entusiasmo, a nossa alegria e, em muitos casos, a vontade de viver?

Onde está a tua nascente para que possamos extirpá-la para sempre?

Ah! saudade! quando eu conseguir te segurar , vou entregar-te nas mãos dos ventos para que eles te levem a um local bem distante...tão distante ...onde não haja um ser vivo sequer, e assim, não havendo a quem possas consumir, terás de consumir a ti mesma nesta tua essência de dor.

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